A Polícia Civil investiga um médico suspeito de usar notificações extrajudiciais para intimidar pacientes que reclamavam do resultado de cirurgias plásticas feitas por ele em Porto Alegre. Segundo o G1 RS, o profissional já foi indiciado 11 vezes por lesões graves em pacientes e responde a outros 76 inquéritos policiais pelo crime.
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Ainda conforme o G1, ele teria divulgado fotos íntimas de uma paciente, que eram de uso médico. Essas fotos foram usadas pelo escritório de advocacia contratado pelo médico para notificar extrajudicialmente os pacientes:
– Realmente encaminhou, por meio de advogado, notificação extrajudicial totalmente descabida e ilegal. Tendo compartilhado fotos íntimas da vítima com seus advogados, tentando coagi-la ao silêncio – afirma o delegado Ajaribe Rocha Pinto.
Segundo o escritório de advocacia, a notificação obedeceu "todos os critérios legais, inclusive o de sigilo (inexistente entre cliente, advogado e parte eventualmente adversa), sem qualquer exposição pública", e que "o ato jurídico teve o intuito de advertir e interpelar a notificada acerca de condutas dela nas redes sociais".
Afastado
O médico já foi indiciado 11 vezes por causar lesões graves em pacientes. Ele está afastado do hospital onde atuava desde janeiro de 2024. Além disso, a Justiça proibiu que ele realize cirurgias. Outros crimes são investigados agora como coação no curso do processo e divulgação de cena de nudez ou conteúdo íntimo.
O caso mais antigo teria acontecido em 2019 e o mais recente em 2023. O médico foi responsabilizado por colocar residentes e médicos recém-formados sem a qualificação devida para realizarem as cirurgias. Além disso, se ausentava das salas de cirurgia sem o consentimento das pacientes, que pensavam ser o médico que realizava os procedimentos.
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